quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Diálogo

Meu arquétipo procurou o seu hoje pra trocar umas idéias. Disse que lá pra suas bandas andava meio escuro, meio chuvoso, não sabia bem por onde andava a sua sombra, enfim...Na verdade, o seu estava mais era pra persona, meio vestido de toga, um grego poderoso!, e não deu muita bola, não, entretido que estava com um casalzinho que trocava beijos entusiasmados numa esquina qualquer. Depois de muito cutucá-lo, meu arquétipo perdeu a paciência: “Qual é? Vai continuar me ignorando?”. Seu arquétipo, então, se virou, tirou a linda máscara de porcelana que usava desde a última festa no Olimpo e disse, na maior cara de pau: “Pera lá, tenho mais o que fazer. Procuro uma razão, tanto quanto você”.

(...)

7 comentários:

João Medeiros disse...

eu podia ser chato e dizer q o diálogo é impossível, mas no fundo eu sou idealista demais pra isso

fabiana disse...

apenas uma brincadeira com arquétipos...

fabiana disse...

ni toujours, ni jamais.

fabiana disse...

On a second thought, é engraçado,pois apesar de ser um diálogo, o tema não era "O Diálogo"... o que me mostra que é realmente possível que a intenção do escrito pode não corresponder ao que dele se interpreta. Interessante.

João Medeiros disse...

olha, eu não disse que o tema era o diálogo, e nem tentei sequer esboçar o que dele interpretei; só brinquei com o fato de eu ser idealista, e por isso, no fundo acreditar profundamente no diálogo; imaginei que seria engraçado pra vc ouvir algo que eu disse tantas vezes... (e aliás OCORRE um diálogo durante a sua narrativa, que aliás dá motivo ao título, se eu não me engano, o que no mínimo justifica um comentário pseudo-esperto acerca desse tipo de prática)

João Medeiros disse...

não precisa sair dizendo que eu interpretei completamente errado a intenção q vc teve quando vc escreveu; (embora talvez eu realmente tenha interpretado errado.(mas não é isso que está em questão))

fabiana disse...

gostei do pseudo esperto ;-)
... e eu também sou idealista.