Verdade, que dirá de mim, tão pobre
ser que te vislumbra ao longe, irreal
Por menos lutaria causa nobre
Pudera eu, por fim, ser-te leal.
Pois ao te procurar, em mim, ou fora
Responde-me, com clara e alta voz
‘Como desejas buscar-me, se agora
acabas de ferir-me em ato atroz?’
Triste, sigo o traço tênue que resta
Àquele cuja falta triste faz,
Vazia sigo, só, sem despertar.
Esperança há que um dia, uma fresta
de fresca brisa, lampejo fugaz
há de guiar-me em fiel caminhar.
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Um comentário:
"Pois ao te procurar, em mim, ou fora" - yes
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