segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Girantes

Em noite qualquer, de um beijo singelo
nascia o grão de um desejo impensado
Ressurgido na crença no sim e no belo
no amar sem não, sem se, sem enfado.

Arfantes amantes, corpos girantes
na busca, seguem em sôfrega entrega
Se dão e se vão, se deixam instantes,
e voltam; e assim, se amam sem trégua.

Giram loucos, irrestritos, sem tempo
ou espaço, tal o laço da força que os une,
do beijo doce à suprema carícia.

Deslizam, eles dançam em delícia,
e ardentes, por fim alcançam o cume;
Largando-se, então, em puro contento.

2 comentários:

João Medeiros disse...

todo corpo tem seu spin.

fabiana disse...

bem colocado; e também é lei natural que as partículas se atraem...