(Há alguns meses atrás, olhando pro mar, de repente as ondas assumiram formas, como nas brincadeiras de nuvem: ora um tutu de bailarina que ondulava, ora um buquê de flores que se abria. Durou pouco tempo, mas foi uma linda imagem. Tive uma sensação gostosa de que a vida realmente é fluida como o que vi ali).
Do alto da pedra, o mar
parece saia de bailarina;
as ondas, qual serpentina
enroscam-se em ramalhete,
um buquê de copa branca
com hastes de prata verde.
E se envolvem, e revolvem
em dança na ponta do pé,
o sol bate, e nele volvem
a pétala que lhes convier;
oferecem-na ao céu que acima
observa o contínuo balé.
Bem cedinho, lá da pedra,
refulgindo de prateado
as bailarinas me sorriem
cada uma com seu legado.
Iluminam-me mais um dia,
...e agradeço, em sossegado.
[Num mundo em que tudo gira,
uma dança que nunca passa...]
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2 comentários:
Fabiana, aprecie todos os entrelaços do cotidiano seja na pedra engolindo o mar ou no quarto entre paredes.
Escreva, escreva, escreva.
Abraços.
(Sorriso!)
Eu vou.
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