terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Na verdade

Na verdade, ainda estou daltônica
ainda tenho dificuldade de
enxergar além do óbvio
ando um pouco surda, também
de me imergir em silêncios
- mas ainda sei dançar.

Ainda sinto o calor da dança
ainda intuo o chegar-se dos corpos
e a atração irresistível dos olhares;
essa faz parte de mim
é meu repertório

Da mesma forma, sou afeita às
as línguas, melodias perfeitas
pra cantar sentimentos que me
são tão comuns
- tudo começou assim
afinal

quantas línguas ainda vou precisar
aprender um dia,
quantas danças e quantos salões
quantos pares de óculos para enxergar,
quantas tentativas e erros,
quantos poemas tortos,
quantos mis-feitos, desfeitos
e refeitos,
pra dizer um 'na verdade' -
que não chega nem a
ser 'no fundo',
de tão evidente;

como as vagas e as brumas,
que oscilam com as marés,
porém mais certas e firmes,
pois estão sempre lá,
enquanto eu apenas insinuo;

apenas uma simples verdade,
de tão eu que sou,
de tão você que é.

2 comentários:

Leeh araujo disse...

OI adoreii o poemaa =DDDDDDDD
e seu blog tah lindoo tb
amoree sempre que puder estarei aquii
sa uma passadinha no meu tb
bjus
(mundotuxa@blogspot.com)

fabiana disse...

fui lá, tá lindo, parabéns!

esse foi especial; nasceu de uma dança com 5 passos, linda de morrer.