Ignóbil destroço, vagas sem som
ou luz; qual mero espectro de outrora
tendes em mão, porém, a vil remora
das almas sentidas, sem fim ou dom.
Procuras, em vão, espaço e calor
equilíbrio sutil de amar e ser;
liberta a ti, e ao outro, sem dor
vagar mais sereno a se conhecer,
então - Mas o que fazer, se persistes
na lembrança do carinho, senão
suspiros vazios que não te sustêm?
Anima-te e segues, pois 'inda existe
outro som, outra cor, e outra mão
a te consolarem a falta de alguém.
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2 comentários:
o destroço aqui era eu - à procura de um rumo - daltônica - à espera de uma mão.
esse poema foi escrito pra mim - e foi doído à beça de postar.
mis-
...
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