sábado, 3 de janeiro de 2009

Círculo

Ignóbil destroço, vagas sem som
ou luz; qual mero espectro de outrora
tendes em mão, porém, a vil remora
das almas sentidas, sem fim ou dom.

Procuras, em vão, espaço e calor
equilíbrio sutil de amar e ser;
liberta a ti, e ao outro, sem dor
vagar mais sereno a se conhecer,

então - Mas o que fazer, se persistes
na lembrança do carinho, senão
suspiros vazios que não te sustêm?

Anima-te e segues, pois 'inda existe
outro som, outra cor, e outra mão
a te consolarem a falta de alguém.

2 comentários:

fabiana disse...

o destroço aqui era eu - à procura de um rumo - daltônica - à espera de uma mão.
esse poema foi escrito pra mim - e foi doído à beça de postar.

fabiana disse...

mis-
...