O que são meus dedos
senão extensões do meu pensamento?
e os meus olhos,
filtros verdes
de uma vida nem sempre rosa;
os meus lábios,
almofadas vermelhas
que acolchoam palavras
suspiradas.
Meu cérebro não necessariamente
é diretor;
a rede de lembranças
(e filtros de esperanças
e sentenças, temperanças)
é imensa - tudo se conecta
por minúsculos extensos
raios de sentimento.
Se, de fato, tudo em meu corpo
se conecta,
então, sou uma marionete
auto-manipulada.
Que seja, pois:
cordas para um violão que ri
e faces para a história
de um contador!
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Um comentário:
Imagino a amplidão do teu silêncio.
Abraços.
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