A porta entreaberta
tarde quente de verão
vento uiva na janela
quem bate? quem entra?
- sei não, sei não...
Os amigos, hora esperta
se aconchegam no beirão
foge o vento, vem a trégua
do sorriso meu de então;
quem foi? quem viu?
- eu não! eu não!
Tarde finda, noite aberta
estrelas contamos juntos
vinho dentro, riso fora
brincamos mais uns segundos
quem sorriu? quem corou?
- foi bom, foi não?
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3 comentários:
Muito massa esse poema entrecortado
com uma sonoridade delicada (de trem maria-fumaça) -
E um desfecho bem sapeca - digno de enrubescimento.
Abraços.
É como se estivesse na rede, ainda pequeno ouvindo minha mãe ninar enquanto a tarde caía, se pressa, sem que nos dessemos conta de que o tempo não retrocede...
Concordo, Georgio, e esse poema é bem original...nunca li nada igual...parabéns pela sensibilidade da autora!
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