segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Delicadeza

Quando dizes: ‘vai-te agora, estou bem’,
Acredito; e vou-me indo também.
Aceno-te, sorriso sincero,
desejo-te o que há de mais belo,
Desvelo em cuidar do que prezo:
Inefável carinho - o qual vem
embalar-me em névoa mansa,
que, singela, lúcida, mas intuitiva,
emana livre do teu bem-estar
que se reflete, assim, no meu;
espíritos inquietos aflitos buscantes
encontram-se, por acaso, em
outras esquinas, distantes,
e abraçando-se, relembram
sozinhos, sorrindo, silentes,
delicadamente procuram
o conforto das almas afins.
E aquietam-se, então, sem lamento,
despedem-se em suave contento
do contato conhecido, querido
reencontro mais que sentido,
Aconchegam-se,
Respiram,
E de novo se vão.

Um comentário:

fabiana disse...

interessante; se existisse a palavra, eu diria que esse foi um "flash-forward"...