sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ondulante

Na árdua tarefa de me conhecer
Procuro, em vão, o que mais dizer;
Pois vago, persisto, a não mais poder
Encontrar respostas em meu próprio ser.

Tangente, escorrego, perdida em noções,
Fulgente, brilho em conquistas; brazões
Não tenho, nem quero; prezo somente
Aquilo que almejo, conscientemente.

Se mudo, se fico, se ora me vou,
Acredito que o vento a mim destinou
Viagens incríveis - pois que restou
A mim sonhar com estrelas; sou

Desta forma, a vivaz sonhadora,
Embora, tão tola, ache que outrora
Não soube sonhar; mas na ida hora
Eu soube voltar, para o aqui e o agora.

Não defino, portanto, e nem busco mais
O que sou, o que fui, o que farei; ademais
o que faço e o que acho; não seria demais
Definir-me como quem não pensa: ‘jamais'.

2 comentários:

João Medeiros disse...

mas pensou! ahuahuaha

fabiana disse...

pois é... :-) mas a gente tenta!