segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DR

Palavra tola, pensamento que apaga
Fio desgarrado de idéias ilusórias
Alimenta a infâmia de chagas provisórias
Que versam em dor, no outro, em nada.

Carece de fim, por vezes de meio,
Ainda que alegue rigor de verdade,
Ignóbil teia de falsa humildade,
Não chega nem perto, mas acerta em cheio.

Eis que, em meio ao grande vazio,
Sem fé, nem razão, mistério ou delícia,
Arrasa sem dó, pois que o óbvio expõe

Ao versar sobre pouco, beirando o fastio,
Ignora a razão de que se faz milícia
E o óbvio, então, em claro se põe.


PS do soneto: (Camões se revirando no túmulo - o pobre.)

Na falta da métrica e proporção adequada,
Surge mais uma estrofe arredia,
Posto que a maldita DR, um dia,
Serviu-me mais do que a falta alegada!

2 comentários:

João Medeiros disse...

q fase...

fabiana disse...

essa DR foi um bom exercício poético rsrsr...